Watch them

Como havia dito, domingo fui assistir a Watchmen, na ótima companhia de Monsieur Flaneur e Joãozinho da Frô.

O filme, baseado na famosa HQ homônima (para saber mais sobre a HQ Watchmen, Wikipedia na pessoa) dos anos 80, é incrível. Fui esperando ver apenas mais um filme de heróis, com seus clichés, efeitos fantásticos e tudo mais que se tem direito. Porém, fui surpreendido! E que surpresa boa, devo ressaltar. O filme na verdade fala sobre uma era anti-hérois, todos odeiam os antigos salvadores da Terra. Os heros dessa sociedade, não são nenhum Batman ou Spiderman, muito pelo contrário, são caras que não possuem poderes algum, apenas são bons lutadores que não tem nenhuma pena de matar e muitas vezes fazem isso de forma banal.
Mais uma vez vamos ao díficil exercício de falar a minha opnião sobre o filme ao invés de conta-lo...
A primeira coisa que me chamou a atenção foi não ter sentido o tempo passar, pois Watchmen tem quase 3 horas de filme, mas não foi como Batman, que também possui quase a mesma duração e, ao contrário do primeiro, eu senti todos os 152 minutos se arrastarem. Não que Batman, fosse ruim, longe disso, achei o filme incrível também, porém achei que a trama tinha histórias demais, muita coisa acontecendo... Enfim, mas essa é só a minha humilde opnião, há muita gente que pensa o contrário (Cinereporter).
Voltando ao Watchmen...
Achei a fotografia do filme perfeita, isso sem falar na trilha sonora, uma coisa meio folk e que conta só com os Grandes como Janis Joplin, Bob Dylan, Billie Holiday, Jimi Hendrix, Nina Simone e muito mais...
Outra coisa bacana é o enredo do filme. Concordando com o Cinema com Rapadura e ao contrário do Cinereportér, Eu achei muito bem desenvolvido, nada cansativo e com personagens fortes e marcantes, cada um com seus dilemas, defeitos e valores, valores esses algumas vezes distorcidos até. Achei o enredo é de fácil entendimento, não é preciso ser um mestre na sétima arte para entende-lo.
O filme me lembrou um pouco 300, talvez seja porque Zack Snyder dirigiu os dois. As cenas de luta, com a câmera focando bem o impacto dos golpes e suas consequencias, como ossos se partindo e a gotinha de sangue caindo, me lembrou muito o Leônidas e seus 300 em suas lutas e gritos (THIS IS SPARTA, WE DON'T SURRENDER!!!). Um negócio bem HQ mesmo.
Vamos agora falar do que mais me marcou. As temáticas abordadas no enredo. Foram levantadas muitas questões interessantes. Falou-se sobre uma antiga questão: Quem vigia os vigilantes quando estes, detentores do poder, exorbitam de sua função, fazendo o que bem entendem? Se transportamos para a nossa realidade, a resposta é meio óbvia... Ninguém, pelo menos não na prática, na teoria, ou melhor, no mundo do dever ser (que o diga minha professora de Introdução a Ciência do Direito) o négocio é mais arrumadinho. Quem pune o topo da pirâmide??? Olha o Collor de volta aí, depois da merda que fez, está de volta, chefiando a comissão de Infraestrutura do Senado junto com o Calhorda ops, Calheiros. Passamos uma borracha no passado ou fomos passados para trás? Enfim... Não quero entrar nesse mérito, apenas quis exemplificar a questão levantada.
Outro tema abordado é o da crise mundial. Esse é abordado de forma mais suave, você acaba visualizando por analogia. Mas ele está lá.
Enfim, achei um filme muito bom, bem feito e que vale a pena ser visto. É o tipo de filme que ou você ama ou você odeia. Eu amei. E você?
Para finalizar e dar uma palinha de tudo que eu falei acima, me despeço com o trailer do filme que foi todo feito em HQ like the old times...

See ya.