domingo, 22 de fevereiro de 2009

Who wants to be a millionaire?


No último post eu havia dito que iria assistir à pré-estréia de Slumdog Millionaire. Pois bem, eu fui.
IN-CRÍ-VEL!!!
Fui ao cinema esperando um filme bom, pois ele foi falado nos 4 cantos do mundo, com críticas sempre positivas e foi indicado em 10 categorias ao Oscar (Melhor filme, Diretor, Roteiro adaptado, Fotografia, Edição, Trilha musical, Canção (DUPLA INDICAÇÃO), Mixagem de som e Edição de som). Saí do cinema extasiado, com toda e qualquer expectativa superada!
O filme, traduzido no Brasil para Quem quer ser um milionário, conta a história de Jamal, Salim e Latika e como Jamal foi parar na última pergunta de uma espécie de Show do Milhão daqui...
Um ponto bacana do filme é que, apesar de Jamal e seu irmão, Salim, serem pobres, sem pais e com um histórico enorme de outros fatores negativos, eles não são coitadinhos, muito pelo contrário, são guerreiros, lutam até o último minuto. A construção dos personagens que compõem a tríade principal é muito bem feita, pois eles podem ser facilmente identificados com a realidade de nossas favelas brasileiras, onde muitas vezes as pessoas não são vítimas e nem coitadinhas, são apenas produtos do meio onde estão inseridas.
A fotografia do filme é excelente, o contraste entre a sujeira e as cores da Índia são lindas, de deixar muita gente babando!!!
O filme se passa em 3 tempos, a infância, a pré-adolescência e a adolêscencia de Jamal. Cheio de elipses entre os 3, muitas vezes usadas para explicar a forma como Jamal sabe a resposta de todas as perguntas.
O diretor do filme foi o Danny Boyle, o mesmo de Trainspotting, lembram? Já falei dele por aqui.
Ele recebeu algumas críticas dizendo que o filme era meio que uma cópia de Cidade de Deus, de Fernando Meireles. Assim como ele, eu também não acho!
Tudo bem que a fuga dos garotos pelos corredores da favela de Mumbai lembram muito a corrida atrás da galinha também no início de Cidade de Deus, mas tirando isso e a forma como os diretores retratam a realidade de uma forma crua, não tem similaridade alguma, pois, no fim das contas, Slumdog Millionaire acaba sendo uma grande história de amor lotada de percalços pelo seu caminho e que tem tudo para dar errado do começo ao fim. O plano de fundo é que fica responsável por mostrar a realidade como ela é e como a grande parte da sociedade que vive abaixo da pobreza sobrevive no meio de tanta violência e sofrimento.
Sim, outra similaridade que eu devo ressaltar. Assim como em Cidade de Deus, boa parte do elenco foi tirado da própria favela mesmo, não são atores profissionais e sim pessoas comuns. Dou destaque para o trio de crianças que fazem Jamal, Latika e Salim quando eram crianças. Foram ótimos!
Já falei da trilha? Ótima e com direito a participação especial de M.I.A.!!! Eu já baixei ela completa e escuto sempre que posso. Vicia! hehehehe...
Enfim, o enredo é envolvente do começo ao fim, os atores são ótimos, as paisagens lindas e a trilha sonora é incrível, se incorporam às cenas de uma forma perfeita, fazendo deste um dos melhores filmes que eu já assisti e, com toda a certeza, um ganhador certo do Oscar de melhor filme este ano!!! Esse e o de melhor trilha sonora eu sei que ele leva, vamos ver quantos mais hoje à noite...
SIM!!! Ia esquecendo... Outra coisa que não poderia deixar de citar... Assim como todo filme de Bollywood (Nome dado ao maior pólo industrial de produção de filmes, fazendo referência referência a Hollywood e a Bombaim, atual Mumbai), Slumdog Millionaire tem direito a dancinha no final do filme!!! É rapah... Pensando o que??? Só para quem pode! Você assiste até o último crédito passsar!
Uma última curiosidade... O filme que era para ser independente e foi feito com apenas 15 milhões de dólares faturou 88 milhões só nos EUA e mais 61 pelo restante do mundo! CHOCA!
Para deixar todos com água na boca, me despeço com um vídeo do filme! A música se chama Jai Ho (Até hoje não achei a tradução para essa expressão, caso alguém saiba, me avise!!!).

Hope u like it!

Um comentário:

  1. Me deixou curioso. E a idéia é fantástica: mostrar fatos cotidianos da infância e pré-adolescência e adolescência de alguém, que o levaram a ser capaz de responder a perguntas diversas feitas a ele. Er... sei lá, deu mais vontade de ver por causa disso do que pela "realidade social". Tenho minhas cirticas em relação a filmes que falam de realidade social, mas enfim... bom post.

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